Page 68 - INSTITUTO HISTÓRICO VOL XI
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Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros
Carioca”e Redator Político de “A Noite”.
Além disso, durante muito tempo, assinou crônica
diária “A tarde é nossa”, na Rádio Nacional do Rio de
Janeiro.
Publicou livro de histórias para crianças intitulado
“João Manoel, o braço da lei”.
Inéditos, deixou livros de crônicas e o de memórias:
“Histórias de um menino”.
Nas décadas de 50 e 60, colaborou intensamente com
crônicas na Revista “Montes Claros em Foco”. Mesmo
ausente de Montes Claros, acompanhava com entusias-
mo os acontecimentos na cidade e bem conhecia a nossa
história e nossas tradições.
A propósito dessa sua característica peculiar, desta-
camos, a seguir, carta que dirigira ao escritor Cyro dos
Anjos, em agosto de 1924, quando residia em Belo Hori-
zonte:
‘‘‘‘CARTA A UM AMIGO
Alarmou todo o Estado de Minas o reboliço que agi-
tou o sertão por ocasião dos preparativos das grandes fes-
tas em honra ao Ministro Francisco Sá. As informações
acerca das homenagens em perspectiva, e, sobretudo, as
que se referiam a um celebrado banquete de cem talheres,
aqui chegavam tão ampliadas e inverossímeis que a gente
tinha a impressão de que Montes Claros era um vasto
manicômio...
Emissários cruzavam estradas em busca de tapetes,
quadros célebres, objetos de arte, coisas maravilhosas, e,
tão grande era o afã de cada um em superar o outro em
aquisição mais valiosa e rara, que nos vinha à memória a
história do Achmét de Mil e Uma Noites, com que a Anni-
nha Cabellos à roda divertia a nossa infância longínqua...
Afinal, o brilhantismo das festas justificou plenamen-
te o arrojo dos preparativos. A régia homenagem que
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