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Wanderlino Arruda
Cadeira N. 33
Patrono: Enéas Mineiro de Souza
HAROLDO LÍVIO
BARÃO DE GRÃO-MOGOL
A
história é bem normal de tudo de conformidade com os câno-
nes do comércio de nossos dias, fruto dos princípios da oferta
e da procura. Negócio de toma-lá-e-dá-cá, envolvendo natu-
ralmente valores e moedas comuns de qualquer ato comercial. Só põe
romantismo numa operação dessas quem pode vê-la com olhos de po-
esia, com traços românticos de filosofia literária. Em tudo, não resta
dúvida, mesmo nos atos de pura barganha e interesses outros, a gente
consegue dar um colorido de fantasia, bem própria dos que vivem do
trato das artes de das letras.
É que a verdade é bem interessante, amigos. Haroldo Lívio,
cidadão brasileiro, brasilminense de nascimento, montes-clarense de
coração, agora assina um atestado de amor à terra de Grão Mogol.
Assina e paga. Paga com toda a força que o dinheiro põe e dispõe no
mundo moderno, mesmo em se tratando de coisas antigas. Haroldo
Lívio – é bom dizer logo – acaba de efetuar uma transação comercial
de alto coturno na cidade de Grão Mogol. Comprou e pagou e tomou
posse, com registro em Cartório, mediante todas as cláusulas, inclu-
sive a de evicção.
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