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Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros
matrícula de 52 e formatura de somente sete: Yvonne, Saturnino,
Hugo, Adilson, Lola, Irmã Guiomar e Wanderlino. Quando o ter-
minamos em 1967, para sermos professores universitários em nossa
própria escola, Yvonne e eu tivemos de seguir para a pós-graduação
na Universidade Católica de Minas Gerais, ela na especialização em
Teoria da Literatura, eu em Linguística Geral, isso além de termos de
prestar exames de suficiência, ela na Universidade Federal em Belo
Horizonte, eu na Federal de Juiz de Fora, porque o registro da Fafil
iria demandar ainda algum tempo. Já com muita prática no ensino
de Português e de Literatura, fomos na área os primeiros a preparar
futuros alunos e candidatos ao vestibular. Daí, da cátedra e da titula-
ridade de professores, vivemos entre importantes gerações de estudan-
tes que, hoje, marcam o jornalismo, a vida social, a batalha política
e cultural em várias partes deste Brasil. Fico encantado quando um
aluno de Yvonne marca lembranças de suas aulas, principalmente por
recordar cada minuto do entusiasmo dela, principalmente das mui-
tas palavras de incentivo à leitura e à escrita. Como a sua estreia no
magistério foi aos doze anos, ela teve no mínimo oitenta e oito de
oportunidades para despertar vocações, quase um século de benfazeja
prestação de serviços à cultura.
Disse muito bem Charles Chaplin que a vida é uma peça de te-
atro que não permite ensaios. É preciso que a gente cante, ria, dance,
chore e viva intensamente cada momento, antes que a cortina se feche
e a peça termine sem aplausos. Acrescenta Fernando Pessoa que o va-
lor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade
com que acontecem. E é por isso que existem momentos inesquecí-
veis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis. Não seria exagero
dizer que os dois mestres – sem conhecer Yvonne Silveira - escreve-
ram isso tempos atrás baseados num modelo nela inspirado ou que
ela inspira. Neste momento em que escrevo, ela está comemorando
e ajudando a comemorar o Dia Internacional da Mulher, desfilando
nobremente num escaldante sol de Verão, por vontade própria e aten-
dendo a um convite do Rotary de Montes Claros-União. Estou quase
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