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Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros
              Mota Carlos, que lhes deu dois netos: Maria Luíza e Pedro Vinícius.
              O nascimento de Maria Luíza Oliveira Silveira foi elegantemente co-
              memorado com um soneto de Olyntho, um dos mais bonitos que ele
              escreveu. De Maria Luíza, curso superior de Enfermagem, casada com
              Leandro Pimenta Peres, nasceu o bisneto Vinícius Silveira Peres, que
              já anda como rapaz, dá recados e faz as honras da casa quando chega
              uma visita. Moram todos numa linda mansão da Rua Basílio de Pau-
              la, que liga a Vila Brasília ao Bairro Todos os Santos, desculpem-me a
              falta de modéstia, uma área das mais nobres. Para a época de antanho
              do casamento, em Brejo das Almas, Olyntho e Yvonne se uniram já
              bem coroas (76 anos de vida em comum), ele com 23, ela com 18.
              E só se casaram depois de quatro anos de namoro, porque Olyntho
              não lhe dava sossego, passando dia e noite de bicicleta em frente à
              casa de D. Cândida e Niquinho Oliveira, seu pai. Por falar em Ni-
              quinho, é bom dizer que ele, na verdade, tinha um nome de literato
              e de orador e dois apelidos como farmacêutico, um no Brejo, outro
              em Montes Claros: o normal era Niquinho Oliveira. O outro, que lhe
              foi posto por Joaquim Sarmento, um dos seus melhores amigos, era
              Niquinho Açúcar, só usado pelos mais íntimos. E por que Ninqui-
              nho Açúcar? Havia, na Camilo Prates, da Padre Augusto até a Praça
              Doutor Carlos, dois Niquinhos farmacêuticos: Niquinho Teixeira e
              Niquinho Oliveira. O Oliveira, louro e brancão, como disse antes,
              de olhos verdes; o Teixeira, um tanto quanto amorenado. Para dis-
              tinguir melhor, Joaquim Sarmento apelidou-os de Niquinho Açúcar
              e Niquinho Rapadura, ficando assim bem mais clara a identificação.
              Yvonne e eu somos da fundação do Instituto Histórico e Geográfico
              de Montes Claros. Ela tem como patrono o pai farmacêutico Antô-
              nio Ferreira Oliveira e eu, o farmacêutico Antônio Augusto Teixeira,
              ambos fundadores do Rotary de Montes Claros em 1926, o terceiro
              clube rotário do Brasil.
                    Quando não era ainda normais as viagens para outros pa-
              íses, Dona  Yvonne  fez duas aventuras  na Europa. A  primeira em
              1981, lembro-me muito tendo de memória os comentários do
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