Page 149 - INSTITUTO HISTÓRICO VOL XI
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Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros
consequência dos ferimentos. Luis Carlos Novaes (Peré)
que o diga, pois alguns dos seus familiares foram vítimas
destes “falsos soldados”.
Terríveis violências contra o ser humano foram co-
metidas naquele período e nada aconteceu aos crimino-
sos. A Gazeta do Norte, jornal da cidade, foi brutalmente
vítima dos “´Bate Paus”. Quebraram todas as máquinas,
queimaram tudo até a Bandeira Nacional e, ainda, não
satisfeitos, derrubaram a casa onde funcionava o nosso
melhor jornal.
Dona Tiburtina estava com a corda toda: proteção
do nosso Governo e da nossa polícia.
Anos depois, houve um júri muito especial e os cri-
minosos nada sofreram.
Este reinado de maldades e injustiças durou anos. E
a nossa Montes Claros ficou conhecida em todo país como
“cidade assassina”
Mas política é como uma fruta: brota, cresce, ama-
durece, depois apodrece.... e cai.
Com o passar dos anos (Deus não dorme) a política
mudou, mudando também as reações governamentais.
Quem estava por baixo subiu.... e esta história se re-
pete.
Dona Tiburtina perdeu o prestígio e a valentia. Caiu
na realidade.
Viúva pela segunda vez, teve um fim de vida muito
triste, doente e abandonada pela sociedade, fazendo jus
aos danos e tantos sofrimentos que causou às famílias de
nossa cidade.
Moral da história: Colhemos o que plantamos.
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