Page 153 - INSTITUTO HISTÓRICO VOL XI
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Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros
MONSENHOR OSMAR NOVAIS DE LIMA
Wanderlino Arruda
Cadeira nº 33
Patrono: Enéas Mineiro de Souza
Não me canso de ter saudades do tempo bom e gos-
toso das aulas do Colégio Diocesano, de quando podía-
mos, todos os dias, sentir e ouvir a alegria do Monsenhor
Osmar, a braveza do Padre Agostinho e a terna amizade
do Monsenhor Gustavo. É de fato um momento inesque-
cível, de quando cada gesto era uma lição, cada atitude
uma experiência de seres em luta e em paz com a vida. Os
três juntos, ou cada um em particular, eram para nós,
meninos-rapazes, o grau mais alto da sabedoria, a fonte
inesgotável de conhecimento, os degraus por onde alcan-
çar a segurança do futuro. É claro que, particularmente,
um por um tinha o seu séquito de seguidores, dependen-
do da esperteza ou do grau de inteligência de cada aluno,
ou mesmo da maturidade ou falta de juízo, como podía-
mos encontrar nos mais sérios como Geraldo Miranda e
Nivaldo Neves, ou nos mais afoitos como Pai da Mata e
João Doido. Em órbita havia gente de todo jeito, tipo Tere-
ziano Dupin, Renato Pobre, Renato Almeida, Dezinho
Dias, Ivan Guedes, Lazinho Pimenta, Raimundo Santa-
na, José Maravilha, personalidades marcantes que iam do
folclore à poesia, do trabalho sério à justa compenetração.
Cada dia era um novo esquema de novidades, de
surpresas, uma sensação de estarmos construindo o mun-
do, preparando-o para a nossa geração e para todas as
outras que poderiam vir depois de nós. Ninguém fugia da
luta, tirar o corpo de banda, em qualquer tarefa, era um
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