Page 124 - REVISTA 14
P. 124

Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros
          tina, Esteves Rodrigues, João Chaves, Cel. Lopinho, Cândido Canela,
          Nelson Vianna, João Alencar Athayde, Mauricinho, Cel. Filomeno,
          Plínio, Simeão e Mário Ribeiro,  Deraldo Calixto, Dulce Sarmento,
          João Paculdino, Mauro Moreira, Constantin Kristof e tantas outras,
          alem do Capitão Eneas, que eu chamava de  Visconde de Burarama.
          O Darcy Ribeiro, só conheci de nome. E hoje desfruto da amizade
          e consideração de várias pessoas que são referência dessa cidade alta-
          neira, destacando a figura do bom amigo Luiz de Paula Ferreira, que
          continua firme nos arreios.

               No meu tempo de gerente bancário, quando a economia local
          girava em torno da pecuária, Montes Claros  já era o mais importante
          centro comercial  do Note de Minas

               Em nossos dias, quem transita pelo centro da cidade, vendo o
          burburinho de gente apressada, de todos os matizes, que vai e vem,
          como num formigueiro humano, tem a idéia  de que ali está  a versão
          sertaneja da cosmopolita e estuante  Hong Kong.
               Mas desde tempos primevos, a cidade, hoje bafejada pelos ven-
          tos  do progresso, guarda, ainda,  a reminiscência de suas tradições,
          usos, costumes, tipos populares e suas crenças. Nos seus casarões de
          muitas portas e janelas, inclusive o que sedia o nosso Instituto, respira-
          se numa atmosfera de austeridade senhorial, de grandeza e seriedade.
               Mas o que me moveu a fazer este modesto comentário, foi o
          conteúdo da Revista do Instituto, com artigos diversificados dos asso-
          ciados, cada qual a seu modo. Já com o Volume XII, essa publicação
          espelha a dedicação  e o entusiasmo dos autores.
               Detive-me no que escreveu o Juvenal Durães sobre Nathércio
          França, porque lembro-me muito bem da figura amena daquele meu
          saudoso amigo, genro de D. Tiburtina e concunhado do impetuoso
          pecuarista João Batista Pedreira.

               O meu primeiro terno de casemira, sob medida, (naquele tem-
          po não havia o tropical inglês), foi comprado da Renner, de Porto
          Alegre, da qual o Nathércio era representante em Montes Claros. Foi

                                      - 124 -
   119   120   121   122   123   124   125   126   127   128   129