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Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros
Suplantadas as contendas de influências genealógicas dos au-
tores antes tratados, passemos a examinar outras obras contendo re-
gistros históricos acerca da origem de Montes Claros, como o Annu-
ario de Minas e a Monographia Historica, Geographica e Descriptiva de
Montes Claros, de Urbino de Souza Vianna, cujo ano de publicação
não é informado em sua edição, mas que recebeu autorização da Câ-
mara Municipal de Montes Claros para parecer e aquisição de até
cem exemplares pela Lei nº 268, de 3 de outubro de 1915, conforme
exemplar que temos (ou seja, aproximadamente a mesma época da
publicação doAnnuario de Minas).
O Annuario de Minas, ao discorrer sobre a fundação do povoa-
do que, tempos depois, redundou na atual cidade de Montes Claros,
tudo embasado em pesquisas do professor Floriano Lopes de Oliveira,
assevera: “Embora não existam dados exatos da fundação desta cida-
de, presume-se ter sido fundada no século dezoito. Das povoações
auríferas das vizinhanças de Itacambira, pelo meado do ano de 1707,
alguns mineiros, tendo sido expulsos da dita serra, por contendas en-
tre companheiros, acompanharam o sertanejo Miguel Domingos, e
vieram estabelecer-se nestas paragens, próximo à fazenda de Montes
Claros, a qual deu nome à povoação em seguida fundada. Depois de
algumas habitações ali erigidas, o proprietário da fazenda, Alferes José
Lopes de Carvalho, pediu permissão para construir uma capela sob
a invocação de N. Senhora da Conceição, sendo-lhe concedida tal
permissão.”
Urbino Vianna dá notícia, em sua monografia, dos primeiros
povoadores transcrevendo o que registrou a respeito o desembargador
Antônio Augusto Velloso, em sua história e geografia deste municí-
pio, com veiculação no terceiro fascículo, julho a setembro de 1897,
da Revista do Archivo Publico Mineiro: “Da substanciosa monografia
escrita sobre a história e geografia deste município pelo ilustríssimo sr.
dr. A. Augusto Velloso, e publicada no 3º fascículo, ano II, da Revista
do Archivo Publico Mineiro, extraímos o seguinte: ‘não existem dados
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