Page 33 - Instituto Histórico Vol.VIII
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Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros  Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros
              rados ao  mesmo Sistema Previdenciário. Conquistas inestimá-
              veis, voltadas para o bem-estar comum e que tiveram o poder
              de melhorar socialmente a vida da região. Empregos surgiram,
              melhoria  das expectativas  e do  status  social  se  concretizaram;
              muitos tiveram estabilidade em suas funções, já que, dentre as
              quase duas centenas de nomeações destinadas na ocasião para o
              governo estadual, conseguiu pelo seu esforço que o município de
              Montes Claros tivesse trinta e três vagas. Esses fatos comprovam
              sua força política e empenho para imprimir novos contornos na
              história de sua terra.

                    Montes (...) Afirmação contida na crônica de  Luizinha Bar-
              bosa, filha de  seu amigo Neném Barbosa,  que foi casada  com
              um sobrinho e afilhado muito querido dele, Francisco Lopes Neto.
              Soprar a cinza do tempo é preciso. É preciso reencarrilar as con-
              tas do tempo, uma a uma, nessa linha que nos leva para a frente
              cada vez mais, mas que possibilita esse recontar conta por conta,
              de frente para trás, porque é impossível continuar sem o suporte
              e o impulso do passado. Festejar o nosso coronel Domingos Lo-
              pes é preciso. É questão de relevar a memória dessa figura que
              foi proeminente em suas intenções e atos, inclusive por não ter
              se fechado em sua própria situação de vida - tranquila, cuja con-
              dição lhe possibilitava viver regiamente sem se lançar no mundo
              da política. Seus feitos de cidadania, seu prestígio transpunham
              os limites de sua área de atuação, por esse motivo, à época da
              eleição de Geraldo Athayde e Milton Prates, conduziu-os numa
              comitiva para apresentá-los às comunidades de Lontra, Maria da
              Cruz e Januária. Suas jornadas não tinham o cunho de mostrar
              prestígio e poder e, sim, facilitar a educação,  o crescimento e  a
              melhoria de vida da sociedade.

                    “É bom reviver um pouco” – chama, mais uma vez, a aten-
              ção Luizinha Barbosa, em  sua crônica no Diário de Montes Cla-
              ros. Não só é bom, mas um dever, pois seu trabalho não foi em
              vão, foram muitos os beneficiados diretamente por suas ações e
              influência e, indiretamente, toda a comunidade montes-clarense.
              Os efeitos de seu trabalho se encontram impregnados na história


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