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Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros
Finalmente, voltemos ao bicho. É a lenda de um monstro que
aterrorizou as crianças do Vale do Jequitinhonha, na vizinha Bahia
e parte do Norte de Minas. Segundo a lenda, ele assume as diferen- Itamaury Teles de Oliveira
tes formas e a mais frequente é de um cachorro preto e grande, que Cadeira N. 84
aparece nas noites avançadas ou de madrugada. Muitas vezes as mães
ameaçavam as criancinhas com as aparições do bicho para que elas Patrono: Newton Prates
dormissem mais cedo. Havia várias versões para o surgimento dessa
mitologia popular. Uma delas disse que o cidadão Joaquim Antônio
de Oliveira, pasmem, vindo de Gorutuba, hoje Janaúba – MG, havia
sido enterrado em túmulo projetado por ele mesmo, em gavetas que
eram novidades na época no novo cemitério. Esta gaveta ou cerneira
rachou misteriosamente, aparecendo pelos de animais entre as fendas. PARABÉNS MÃE, AVÓ, BISAVÓ,
A sepultura foi reparada, mas as rachaduras reapareciam mais de uma
vez. E desde então se diz que o bicho sai do caixão nas noites sem lua, TRISAVÓ, CENTENÁRIA!
para assustar pessoas e arrancar as cabeças de cachorros ruas a fora.
oje, dois de abril de 2020, uma pessoa muito especial, de
uma grande família, faz aniversário. A Dona Palmyra, que é
HSantos, que é Oliveira, que é Gomes, que é Gonçalves, que
é Pereira, que é Teles, que é a decana dos “Viriatos” montes-claren-
ses; que é a Presidente de Honra do Instituto Histórico e Geográfico
de Montes Claros; que ocupa cadeira como escritora, na Academia
Feminina de Letras de Montes Claros; que foi professora de várias
gerações de porteirinhenses, que a adotaram como conterrânea, com
direito a título de cidadania concedido pela Câmara Municipal; que
comandou o grupo de Pastorinhas, por quase três décadas; que es-
creveu dois livros depois dos 90 anos; que joga buraco até hoje - e
ganha -; que não perde oportunidade de viajar; que fraturou a perna
aos 90 anos, jogando vôlei; que dirigiu escola primária e escola téc-
nica de comércio; que lecionou português, religião, didática, OSPB
A cidade de Pedra Azul na década de 20. e outras disciplinas; que nunca parou de fazer palavras cruzadas e de
ler Seleções; que adora descobrir um parente e ir visitá-lo; que morre
de amores por Porteirinha e Montes Claros; que é mãe de dez filhos
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