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Ivana Ferrante Rebello
Cadeira N. 56
Patrono: João Luiz Machado Lafetá
NAVEGAR É PRECISO: UMA
HOMENAGEM A JAYME REBELLO
Ó mar salgado, quanto de teu sal
são lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena?
Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Fernando Pessoa
A
mãe apertou-o contra seu xale de lã grossa, dizendo-lhe, com
voz meio embargada: “Deixa-me olhar para ti, outra vez, meu
filho”. Jayme Rebello, depois de ficar alguns dias à espera do
navio que o levaria ao Brasil, estava pronto para o embarque. Recebe-
ra como herança da mãe um curso de boas maneiras.
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