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Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros
soube por ele mesmo da necessidade de mais uma telefonista, para
fins de revezamento, já que o serviço estava muito para ela. Uma só
não era suficiente para a demanda. Encontrando-se as duas numa noi-
te de sábado no “footing” da Rua 15, Zizinha perguntou a Lili se lá na
telefônica não havia uma vaga para uma moça, tendo Lili respondido
que o “seu” Hildebrando havia tocado no assunto com ela, por isso
sugeriu a conveniência de ver o problema, na segunda-feira seguinte,
com “seu” Hildebrando. Lili não havia mentido. Zizinha foi à Tele-
fônica confirmou a informação da amiga. Ele já conhecia também a
Zizinha. Afinal de contas, Montes Claros era uma cidade de 25.000
mil habitantes. Todo mundo conhecia todo mundo, de sorte que a
entrevista foi mais uma vez uma mera formalidade. É bom registrar
que por essa época, Zizinha também possuidora de uma bela voz,
convidada para cantar na ZYD-7, não aceitou por imposição do velho
Capitão Cândido Ramos, seu pai.
Zizinha entrou na Telefônica em fins de dezembro de 1939,
dias depois de Lili Fernandes. Ficou no emprego até 1946, já que
se encontrava em preparativos para casar-se com o jovem Laurindo
Azevedo Maia, filho de uma das mais tradicionais famílias de Montes
Claros, residindo o casal hoje na Rua Cel. Luiz Pires, 181, ao lado da
Avenida Sanitária. Com a criação do Conservatório Marina Lorenzo,
a hoje D. Zizinha fez o curso de violão e educação artística, sendo
convidada pela Clarice Sarmento para integrar o seu coral, mas não
aceitou, preferindo continuar curtir a família e os netos.
BATOM
Fazendo uma espécie de higiene mental, ou talvez um descanso
da leitura, escreve aqui ao leitor uma passagem de Zizinha, quando te-
lefonista, com o “seu” Amaral – Antônio Franco do Amaral Neto. Na
época não havia esta Telefônica. Tudo era na base da memória. Havia
também apenas duzentos aparelhos na cidade. Um dia “seu” Amaral,
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