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Maria Luiza Silveira Teles
Cadeira N. 42
Patrono: Geraldo Tito Silveira
O MESTRE WANDERLINO
ndo desconfiada que o mestre Wanderlino esteja escrevendo
suas memórias. E com toda razão! Ele nos deve isto! É uma
Amemória tão rica, que se confunde com a própria História de
Montes Claros; tem, pois, de ser contada para jamais ser esquecida.
Sou amiga do professor Wanderlino Arruda há cinquenta anos.
Nossa convivência tem sido bastante enriquecedora.
Lembro-me, com saudade, dos velhos tempos em que saíamos
juntos da antiga Fafil, em turma, e ele sempre a brincar com a minha
tia Yvonne de quem o tio Olyntho tinha muitos ciúmes.
Nunca perdeu o seu jeito moleque de menino que se deslumbra
com a vida e se diverte com tudo. Brincalhão como ele só, possui uma
eletricidade que o move a mil por hora.
Já com oitenta anos, continua cheio de energia e empreendedor
como ele só. Faz mil coisas ao mesmo tempo. Não desperdiça um
único instante. Sempre criando e agindo, principalmente pelo bem
de Montes Claros.
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