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Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros
                     ao Mercado para fazerem suas compras... Os bruaqueiros
                     com enorme variedade de mercadorias iam chegando, aos
                     poucos, desde a madrugada e enchendo o Mercado: farinha
                     de milho bem torradinha, queijos, requeijões, farinha de
                     mandioca do Morro Alto, beiju de goma tão clarinhos... As
                     mocinhas da roça que vinham vender suas verduras culti-
                     vadas na beira dos regos (abóboras, quiabo, chuchu, maxi-
                     xe, tomatinhos para molho, salsa, cebolinha; tão verdinhas)
                     eram bem bonitinhas de vestido novo de chita, um “rouge”
                     muito vermelho, boquinha de coração, brincos e colares de
                     contas coloridas, mas quando riam mostravam sempre falhas
                     de dentes na frente. Era uma pena. De boca fechada até que
                     passavam. Mas mesmo assim com toda “jecura”, faziam con-
                     quistas, com moços da cidade que lhes davam uma “colher
                     de chá”...No fundo do Mercado, do lado de fora ficavam os
                     animais e também as bruacas espalhadas pelo chão. E o dia
                     inteiro era aquele movimento no Mercado. Este espetáculo
                     durou anos. A cidade cresceu e aos poucos foi se modificando.
                     (GRAÇA, p 207, 2009).
               Continuando a caminhada histórica, agora subindo a rua Dou-
          tor Santos, homenagem ao Dr. Antônio Teixeira de Carvalho, for-
          mado em Farmácia e posteriormente em Medicina. Na infância era
          chamado de Santo ou Santinho, apelido que se modificou para San-
          tos, como era conhecido. Homem culto e estudioso, celebrizou-se por
          seus diagnósticos sempre precisos e rápidos e por sua atuação sempre
          dinâmica vida política. Colaborou com a construção do Sanatório
          Santa Teresinha (1932) e com a sede do Clube de Montes Claros
          (1934), foi vereador por vários períodos e prefeito entre 1937-1942,
          realizando  importantes  melhoramentos  para  a  cidade,  tornando-se
          ídolo da população na época (Figura 07).






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