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Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros
Agora no caminho de volta, descendo pela rua Camilo Prates,
que fazia parte da cidade baixa. Também importante via de acesso,
tem o nome do influente político Camilo Filinto Prates, que deixou
a tradição de um trabalho voltado a nobres causas em busca do de-
senvolvimento da cidade, deputado federal (1911-1930) pertencia ao
partido de baixo, sendo adversário ferrenho do Dr. Honorato Alves
(Figura 08).
O percurso segue em direção norte até cruzar novamente com
a rua Governador Valadares, seguindo novamente por ela até a rua
Doutor Veloso, local muito frequentado pela população com a pre-
sença de várias lojas de vestuário e calçados.
A rua faz menção ao Doutor Mário Versiani Veloso, natural de
Montes Claros, após estudar Farmácia em Ouro Preto, voltou à cida-
de, dedicando-se à política. Foi sócio-fundador do Sanatório Santa
Teresinha, colaborou em grande parte com a implantação do calça-
mento na cidade e com a construção do Teatro Renascença (Cinema
Montes Claros), sendo reconhecido por seu espírito conciliador e pela
conduta serena.
Retorna-se ao Largo da Matriz, onde o percurso termina em
frente à Capela de Nossa Senhora da Conceição e São José construída
em 1769. Em 1832, esta edificação religiosa, se apresentava em estado
de ruína, sendo demolida em 1839 para dar lugar a atual Igreja de
Nossa Senhora da Conceição e São José. Construída um pouco mais
à frente em relação à capela original, ao longo de todos esses anos, a
atual igreja passou por várias reformas, sendo hoje conhecida pelos
montes-clarenses como Igreja da Matriz (Figura 09). A primeira cons-
trução foi assim descrita por Ausgust Saint-Hilaire.
“A igreja de Formigas, muito pequena para a atual
população da vila, é pouco ornada no interior, e tem três
lados rodeados externamente por uma galeria. No santuário
existem três altares, dois laterias e o do meio. As imagens dos
santos tem na cabeça uma auréola de prata que se coloca
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