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Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros
tante livro, no próprio Haroldo Lívio de Oliveira: “Como sempre
acontece na vida real, um belo dia o autor deixa a pena e se muda em
personagem, como acaba de suceder com o imortal Haroldo Lívio.
Os sinos dobram finados anunciando o desaparecimento de uma das
pessoas mais admiradas (...), - conhecidas e reconhecidas - de Montes
Claros. Finou-se aos setenta e seis anos de idade, cercado do respeito
e do reconhecimento ao valor de sua - vida e obra -, o notável escritor
- e historiador - Haroldo Lívio de Oliveira, brasilminense de estirpe
fidalga que dedicou toda a força de seu amor e sua inteligência de es-
col à missão de garimpar o nosso passado./Montes Claros o pranteia
porque foi ele, sem nenhum favor, um dos autores mais lidos da lite-
ratura montes-clarense, entre todos que mourejaram nas letras, aqui
residindo e recolhendo a história local da boca do próprio povo.”
Além disso, a Haroldo coube pesquisar a fundo a história da
cidade! E ninguém melhor do que ele havia para relatá-la, fato a fato,
data a data, personagem a personagem, de forma sempre fiel, preci-
sa, inteiramente pertinente e profundamente fundamentada em fatos
reais! Tanto que, volta e meia, junto a ele tirávamos dúvidas as mais
diversas, muitas vezes em atendimento a alunos de todas as séries e
escolas, até mestrandos, doutorandos, de Montes Claros ou não, in-
teressados em inúmeros nomes e acontecimentos que permearam a
rica e pacífica - vezes conturbada, via Rua de Baixo versus Rua de
Cima - história de Montes Claros, informando os seus telefones (fixo
e celular) e endereço eletrônico a meia cidade e meia, para dirimirem
dúvidas sobre os fatos históricos mais complexos, porque a ele “coube
o laborioso e paciente recenseamento - histórico e cultural - de nossa
Montes Claros de seu tempo (...) e (..) dos tempos de antanho”! Os-
valdo Antunes completa, magistralmente: “... e dizer que através da
janela desse Nelson Vianna, o Personagem, nós, retirantes do tempo,
contemplaremos paisagens humanas vivenciadas ou cuidadosamente
pesquisadas por Haroldo Lívio, - também memorialista de primeira
água -, que se coloca entre seu personagem Nelson Vianna e seu quase
conterrâneo Niquinho Teixeira, de memórias análogas.”
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