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Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros
              tinha grande carinho. Ela se encontrou com ele recentemente, na en-
              trada da Secretaria de Cultura quando ele saia, depois de mais uma
              preciosa visita ao nosso setor e, em meio a cumprimentos, conversa
              gentil, cortês, afetuosa, ele falou alegremente, de forma bem humora-
              da, palavras que acabam inesquecíveis.
                     Liguei para Magnus Medeiros, amigo comum, no sábado, e
              ele, que tanta força e apoio proporcionou à família antes e depois,
              relatou-me os fatos. Disse-me optou por não me avisar, porque sabia
              quanto ficaria abalada. E concluímos que Deus sabe o que faz, porque
              não sei se suportaria - embora lamente muito não ter podido estar
              lá o tempo todo - despedir-me dele pessoalmente, em sala da Santa
              Casa, que em nada lembra o seu lar cheio de vida, verde, arte e beleza,
              distribuídos por todos os cantos e recantos, de forma harmoniosa e
              aprazível, por Duca. A bela casa no Todos os Santos sempre decorada,
              em momentos especiais ainda mais, com o extremo bom gosto e habi-
              lidade artística da amada esposa e mãe de três filhas de ouro, Clarissa
              Mônica, Fabíola e Luciana, a mais nova e que vinha levando o pai ao
              Cartório que mantém em Porteirinha, depois de algumas delicadas
              intervenções cirúrgicas pelas quais ele passou. Falando em Haroldo
              e Duca, foram quarenta e oito anos de uma união exemplar, cercada
              pelas graças e bênçãos de Deus e pelo amor, desvelo, vigilância, cuida-
              do e carinho extremados de Maria do Carmo, que se esquecia, muitas
              vezes, de si mesma, a partir das primeiras horas da manhã, para zelar
              por tudo que a ele dizia respeito, desde os remédios às refeições, auxi-
              liada de perto pelas filhas, chegando a se levantar oito, dez vezes à noi-
              te, para ver como ele estava, para resolver o que faltara; para pensar,
              detalhar e programar o que fazer por ele e para ele no dia seguinte!...
                     No coração a dor, na mão, “Nelson Vianna, O Personagem”
              (Matéria de Jornal) - Edições Cuatiara -, dedicado aos seus queridos
              pais José Luiz e Dalva (in memoriam), exemplar que dele recebi em
              18.06.1996: “Para a querida amiga Raquel, com o maior apreço e
              admiração, oferece o autor”. O Prefácio de jornalista do valor de um

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