Page 130 - INSTITUTO HISTÓRICO VOL XI
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Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros
PRAÇA CEL. RIBEIRO
Palmyra Santos Oliveira
Cadeira nº 64
Patrono: José Gomes de Oliveira
Antigamente, essa praça se chamava Largo São Se-
bastião, depois passou a chamar-se Praça Cel. Ribeiro.
Ali, no dia 2 de abril de 1920, nasci no chalé nº 19,
especialmente construído para o evento. Antigamente, a
praça era de terra cheia de buracos feitos pela erosão das
águas que desciam do Cecé, em enxurradas, nas quais co-
locávamos nossos barquinhos de papel, que singravam as
águas até o rio da fábrica. A praça já foi lugar de footing
para moças e rapazes que se encontravam e depois de um
flerte, começavam o namoro. Hoje, é uma praça limpa, com
jardim, cuidada pela municipalidade, cheia de carros, com
dois pontos de ônibus, que percorrem a cidade.
O nosso quintal era muito grande onde se planta-
ram flores, verdura, milho, feijão, mangueiras e laranjei-
ras. Tinha um pé de magnólia que, quando floria, exalava
um perfume delicioso, e dois pés de bananinha de maca-
co, além de outras árvores.
Anos mais tarde meu pai vendeu uma parte para o
Sr. Genesco Veloso, outra parte para o Sr. Juca de Chichi-
co, e lá foi construído o Hotel São José, que depois foi alu-
gado para o senhor Romano.
Naquele tempo, onde foi o Diretório dos Estudantes,
na esquina com a Rua Barão do Rio Branco, era a casa do
Sr. Clemente Moreira, pai de Sinhá, Iracema, Bela, João e
Geraldina. Ele era viúvo e trabalhava na prefeitura. Ao
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