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          de Brotas de Macaúbas, que fora desmembrado pela Lei 1.817,
          de 16 de julho de 1878. A sessão de instalação da “Villa Agrico-
          la de Nossa Senhora de Brotas de Macaúbas” foi presidida pelo
          Vice-Presidente da Câmara de Macaúbas Izidro Baptista Sales, no
          impedimento do Presidente Tenente-Coronel Antônio Lourenço
          de Seixas Júnior, sendo Secretário Manoel Florêncio Álvaro Perei-
          ra. A nova Câmara constituía-se dos seguintes Vereadores: Fran-
          cisco Xavier Machado, João Evangelista da Silva Costa, Francisco
          José da Cunha, Martiniano dos Santos Rosa, Felipe Correia dos
          Santos, Mamede dos Santos Rosa e Clementino Pereira de Matos.

               Diante do imbricamento de poderes desempenhados pela
          Câmara, como já visto no início deste texto, os prédios que abri-
          gavam a instituição eram sempre prédios assobradados, imponen-
          tes, de estrutura sólida, onde aconteciam as sessões da Câmara e
          do Júri e onde funcionava a cadeia pública. Na região, podem-se
          ver ainda as antigas Câmaras de Rio de Contas e de Caetité que
          abrigam, hoje o Fórum da Comarca e o Arquivo Público Munici-
          pal, respectivamente. Macaúbas, entretanto, não chegou a ter um
          prédio construído para abrigar sua Câmara e cadeia. Em 1838,
          foi solicitado ao governo provincial recursos para a construção
          de uma cadeia pública, pois os presos tinham que ser deslocados
          para as vilas vizinhas. Em ofício de 11 de julho de 1851, a Câ-
          mara reitera o pedido para que se construísse ao menos uma sala
          de 20 palmos geométricos quadrados para a sessão e arquivo da
          Câmara. Em 1859, ao ser apresentada a relação das necessidades
          urgentes da Vila ao Presidente da Província, lá estava a constru-
          ção de cadeia e Casa da Câmara, orçada em 12:000$000 (doze
          contos de réis) e recursos para a Câmara pagar seus empregados.
          Em 1873, novamente a casa para a Câmara é apontada como ne-
          cessidade. Em um relatório ao Governo Provincial datado de 27
          de janeiro de 1876 a Câmara informou que se encontrava em ruí-
          nas a casa que servia de cadeia desde a criação da vila, construída
          de adobes e madeira, sem alicerce. Foi apresentada um projeto
          ao Governo Provincial orçado em 7:257$250 (sete contos duzen-
          tos e cinquenta e sete mil duzentos e cinquenta réis). Os dados
          técnicos do projeto eram os seguintes: 80 palmos de frente por 60

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