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Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros  Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros
 O documento já continha o primeiro estatuto. O centro espíri-  É o tempo em que a professora Rose-May Miranda Ferreira vai
 ta se dedicaria a “estudar, difundir e praticar a doutrina Espírita-Cris-  se notabilizar à frente das atividades do Centro Espírita Fé, Amor e
 tã, com base na codificação do mestre francês Allan Kardec”.   Caridade. Ela continuou o aperfeiçoamento dos trabalhos, em espe-
              cial o de evangelização infantil, e instituiu as palestras públicas e os
 Sem demora, ali mesmo, o grupo se pôs ao trabalho.
              cursos doutrinários semanais.
 A arquiteta Eusa Rêgo Freire, filha de Maciel Rêgo, apresentou
 o desenho projetivo da futura sede, que seria construída no centro da   Nelmy e Rose-May dedicaram intensos cuidados aos estudos
 cidade, no belo terreno de nº 121 da rua Oswaldo Argolo, doado por   doutrinários, aos passes, aos cursos orientadores de gestantes carentes
 João Rêgo.   e à promoção social, à biblioteca e ao atendimento fraterno, às reu-
              niões mediúnicas e à estruturação da primeira videoteca de palestras
 Foi aberto um “Livro de Ouro” para a arrecadação de fundos, e   espíritas do Norte de Minas, através de fitas VHS.
 a campanha se desenvolveu rápido, principalmente em razão da atu-
 ação de Hylsa Mendes Miranda Americano e Gilberto Almeida, filho   O Centro Espírita Fé, Amor e Caridade recebeu reforma estatu-
 de Antonyno de Almeida.  tária em 1997, quando sua assembleia geral alterou sua denominação
              para “Casa Espírita Allan Kardec”, sem modificar seus princípios de
 As atividades espíritas se realizaram na casa de João Rêgo até a   fidelidade doutrinária estabelecidos na fundação.
 inauguração da sede.
                    Novas administrações ampliaram gradativamente as atividades.
 Em 5 de janeiro de 1971, a sociedade espírita estava devida-  A sede original foi reformada, ganhando sensíveis melhoramentos no
 mente formalizada no Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídi-  espaço e na estética. Campanhas de alto valor humanitário e doutri-
 cas, em Belo Horizonte.  nário se consolidaram.
 A desencarnação de João Rêgo, em maio de 1982, levou a casa   A sopa fraterna passa a ser distribuída de segunda à sexta, refor-
 espírita de Taiobeiras a uma nova etapa de amadurecimento.  çando a alimentação de famílias de baixíssima renda.
 Gilberto Almeida passou a dirigir as atividades doutrinárias e   Tem início o “Evangelho no Lar” nos bairros, semanalmente,
 mediúnicas, ao lado de Anderson e Nelmy Rêgo.  entre os espíritas de cada bairro, que se reúnem na casa de um deles

 Merece especial destaque Nelmy Rêgo, cuja natural liderança e   para preces, leituras de esclarecimento e conforto espiritual e o estudo
 formação doutrinária segura manteve a casa espírita em alinhamento   de um dos livros da coleção André Luiz.
 com as propostas espíritas. Ela também ofereceu valiosa assistência à   A distribuição gratuita de livros espíritas atinge cifras cada vez
 Casa Espírita André Luiz, no tempo de sua fundação na vizinha cida-  mais expressivas. Entre 2012 e o início de 2014, foram doados à po-
 de de Salinas, por Marlene Costa.  pulação taiobeirense mais de 700 exemplares de “O Livro dos Espíri-
 Por volta de 1987, Nelmy precisou se afastar das tarefas espíri-  tos” e de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”.
 tas para tratar da saúde. Findava o seu período terrestre: ela desencar-  Se a primeira fase do movimento espírita de Taiobeiras se de-
 nou em 1993.  senvolveu com os pioneiros da família Rêgo, durante 30 anos, a se-


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