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Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros  Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros
              de 1950 a 1960 aproximadamente. Explica Dona Rosalva que houve
              uma reforma da igreja em 1932 dando ênfase a troca do telhado,
              pois as telhas eram de coxa, ou seja, de barro ou argila moldado na
              perna do homem, conforme a experiência do trabalho escravo. Com
              o passar do tempo, as telhas não se uniam mais, estavam irregulares.
              Diante informações das telhas de Sete Lagoas – MG, às famílias ju-
              ramentenses e fazendeiros negociaram a quantidade necessária e as
              mesmas foram levadas até a cidade de Curvelo-MG no trem de ferro
              cargueiro. De Juramento saíram seis carros de boi em busca das telhas
              (modelo francês), 02 do Sr. Sebastião Veloso Prates (seu pai); 02 do
              Sr. Joaquim Santana Veloso Prates (seu tio); os outros dois carros, ela
              não recorda o proprietário. Levaram dias para que estes carros vindos
              de Curvelo chegassem a Juramento, uma vez que nem estradas regu-
              lares existiam. Muitas dificuldades enfrentaram, mas na caminhada
              de fé e devoção, com muita animação e contentamento, coragem e
              determinação foi realizada toda reforma e o telhado ficou seguro. Aos
              nossos antepassados a gratidão e rogos a Deus para a plenitude eterna

                    Os meios de transportes eram o cavalo para montaria, carro de
              boi, e o trem de ferro que passava no distrito de Glaucilândia para
              passageiros. Então, disse a Dª. Rosalva que em época de festas reli-
              giosas, os fazendeiros usavam estes transportes e vinham com suas
              famílias para Juramento; deixavam as fazendas e aqui permaneciam
              até o final da programação. Além das novenas e celebrações em latim
              pelos padres de Montes Claros havia todas as noites o grito dos leilões
              (prendas valiosas) pelo animado Sr. Thiago Quirino. Um fazendeiro
              era responsável para cada noite, além do fazendeiro festeiro que co-
              bria toda a festa. O importante é que todos colaboravam. As famílias
              da região e comerciantes locais somavam esforços. No mês de maio
              – Festa da Nª Senhora da Conceição, no mês de agosto a festa do
              Sr. Bom Jesus padroeiro do lugar. Lembrou ainda a Dª. Rosalva que
              acontecia no mês de janeiro a Festa de São Sebastião, mas em outra
 Igreja Nossa Senhora Imaculada Conceição  pequenina igreja denominada de São Vicente onde a fazendeira D.
              Julia Alves Mesquita fazia a conservação da mesma.  Esta igreja foi
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