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Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros
fância e que deixou marcas profundas em sua vida e em seu caráter,
escreve sobre eles: “Eram santos pela maneira mais efetiva e acentu-
ada: santificava-os a maneira completamente sobrenatural com que Maria da Glória C. Mameluque
levavam uma vida rotineira, assim santificados na obscuridade, nas Cadeira N. 40
tarefas comuns, nos pendores usuais, na rotina doméstica, como se
recebessem e se aproveitassem de uma graça sobrenatural e interior, Patrono: Georgino Jorge de Souza
emanada do alto para suas vidas em comum, para a união de suas
almas, com a profunda fé e a imensa caridade” (Thomas Merton, A
Montanha dos Sete Patamares, 5ª. Edição, página 77).
Quando penso em Nair, com a qual convivi muito pouco, mas
que posso dizer que conheci através dos relatos de pessoas de idades CRÔNICA SEM NEXO
diversas, assim, quando penso nela, vem na minha mente as palavras
do monge e sinto que posso dizer o mesmo dela. EM UM DIA DE QUARENTENA
O valor das criaturas de Deus está nos gestos sublimes, humil-
des, sem alarde, na simplicidade da vida de cada dia, na palavra serena
e boa, no apoio às pessoas, no sorriso, no semblante sempre alegre, no evanto, e ao abrir os olhos faço o sinal da cruz, que minha mãe
modo de ser de Nair, figura imprescindível na história de Bocaiuva.
me ensinou: “pelo sinal da santa cruz, livre-nos Deus, nosso Se-
Lnhor, dos nossos inimigos...” e completo: livre-nos dessa pande-
mia também, Senhor, para que possamos voltar à nossa vida normal.
Tenho que fazer o café e vou à cozinha. Depois é a hora da
atividade física, sim, porque não podemos nos esquecer também do
corpo. Será que já engordei? “Mens sana in corpore sano” diria meu
querido esposo, estudioso do latim. Como fico muito tempo sentada
no computador, pode ser.
Notícias e vídeos alarmantes estou deletando sem ver: uma hora
é a política, a outra é o coronavírus: tudo a mesma praga que tira o
nosso sossego. Mas não podemos nos deprimir. Muitas são notícias
falsas e não devemos ir acreditando em tudo que chega pelas redes so-
ciais. Vamos confiar em Deus, que tudo resolve. “E tudo passa, tudo
passará... e nada fica, nada ficará...” era o Altemar Dutra cantando ou
era o Nelson Ned? Temos que confiar em Deus.
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