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Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros  Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros




























 Dona Nair no jardim que cultivava


 Amava suas plantas e cuidava delas com conhecimento e amor.
 O quintal era enorme e ela o mantinha sempre limpinho.
 Gostava de cozinhar e fazia as compras de víveres para uma boa
 alimentação, no mercado municipal que, de início, era no centro da
 cidade e, depois se transferiu para o local onde é até hoje.
 Não se casou porque acreditava que a responsabilidade que ti-
 nha na casa de seus pais não lhe permitia pensar em casamento.

 No tempo em que viveu, a escassez de padre e o serviço pasto-
 ral, que abrangia uma região muito extensa, não propiciavam a cele-
 bração da missa todos os dias, mas quarta-feira era dia de missa e Nair   Foi muito boa filha, cuidou dos pais até eles falecerem, cuidou
 não perdia.  dos irmãos, enquanto menores e era gentil e atenciosa no trato com as
              pessoas, fossem elas ricas ou pobres simples ou sofisticadas.
 E foi justamente numa quarta-feira, quando ela se preparava
 para ir à missa, que se sentiu mal e veio a falecer.  Thomas Merton, na sua autobiografia, intitulada “A Montanha
              dos Sete Patamares”, refletindo sobre um casal que povoou a sua in-


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