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Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros
segurança, ele escreveu e publicou que toda barragem teria de ser para
múltiplos usos. Fui chamado atenção pela “fonte” e quase punido.
Segunda: Quando um turista de Montes Claros perdeu a den-
tadura no balneário. Titulo da matéria: “Cidade esvazia barragem
para encontrar dentadura perdida”
Terceira: Durante a construção do asfalto, o Prefeito Fialho Pa-
checo fotografou um bode cheirando um monte de brita. Titulo da
matéria: “Juramento: cidade onde os bodes comem até brita”.
Quarta: A cidade ficou uns dias sem o sinal de TV, o técnico
Edson descobriu que uma perereca vedou o Booster da antena. Titulo
da matéria: “Perereca fecha sinal e cidade fica sem TV”.
Lembro de uma reportagem interessante sobre o Jornalista Fia-
lho Pacheco, que colocou Juramento na mídia. Assim que o Presi-
dente João Baptista Figueiredo foi operado do coração em Cleveland
(EUA), Fialho Pacheco foi visitar o presidente em exercício, Aureliano
Chaves de Mendonça, de quem era amigo e ex-assessor. Titulo da
matéria: “Prefeito de Juramento visita Presidente da Republica em
Brasília”. Nesta visita, chuparam a metade de uma melancia no ga-
binete presidencial. Uma clara evidência da humildade e da amizade
entre os dois.
“Seu” Fialho preocupou com Juramento, mesmo depois de en-
cerrado o mandato. Brigou e conseguiu inserir o povoado de Santana
do Mundo Novo (comunidade rural de Juramento) no “Programa
de Desenvolvimento de Comunidades Rurais – Prodecor”, durante o
governo de Francelino Pereira.
Através deste programa foram viabilizados poço artesiano e a
energia elétrica para essa comunidade, construída para o reassenta-
mento dos moradores atingidos pela inundação da Barragem da Co-
pasa. O acordo entre a Copasa, Igreja Católica e o Prodecor foi fecha-
do no Palácio Mangabeiras, em Belo Horizonte, em 1983. Inclusive
estive presente nesta reunião.
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