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Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros
Para entendermos a palavra de Deus, na leitura da bíblia sagra-
da. No entendimento bíblico as pessoas aproximam mais de Deus.
Compreende melhor as relações humanas, onde o entendimento atra-
vés da leitura, aproximam-se mais as pessoas, clareando o pensamento
e possibilitando a boa convivência entre os homens.
Seguindo o exemplo de minha mãe, estimulou-me de uma cer-
ta forma voltar à escola, sendo que se passara quase 40 anos que havia-
me parado de estudar. E quando tomei esta decisão, ela já não se en-
contrava entre nós. Mas, com certeza onde ela estava, torcera e muito
para minha volta aos estudos. Foi uma tarefa parecida, onde não havia
completado o primário. Mas, sabia ler e escrever, graças a Deus. No
entanto, era analfabeta em Física, Química, Matemática, Biologia,
Português-gramática-literatura, língua estrangeira etc. Na época com
o curso de madureza, hoje supletivo, conclui o ginásio, hoje primeiro
grau e logo após o cientifico. Fora dois anos para a conclusão do gi-
násio e cientifico. Logo após fui fazer o cursinho preparatório para o
temido vestibular. Nesta altura da vida, encontrava-me com 42 anos,
e com Nossa Senhora da Imaculada Conceição na frente, e meu mari-
do Mundinho, apoiando-me, consegui o êxito de passar em 9 lugar,
o
na Federal de Diamantina, onde mais de 40 candidatos disputavam
uma vaga. Eram jovens, muito preparados vindos principalmente dos
cursinhos de Belo Horizonte e toda parte do país. Pois bem, não estou
aqui para falar de mim, mas, para falar de minha mãe Laurinda, (ane-
xo encontra-se a capa da Revista Encontro – 1964) e a reportagem
em destaque, com o tema: Beabá aos 66 anos. Espero que mostrando
este exemplo, possa estimular e muito, outras pessoas que acham ser
uma tarefa impossível. Nunca é tarde para estudar e aprender mais. É
extremamente salutar e estimulante, conviver com os jovens e buscar
novos desafios através do conhecimento.
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