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Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros
          Carvalho, figura importante na cidade, de família antiga e tradicio-
          nal, foi a primeira mulher a trabalhar como professora primária em
          Montes Claros, sempre incansável no estímulo do progresso da cida-
          de. Fundadora da “Banda Euterpe Montesclarense” que tocou pela
          primeira vez no dia 7 de julho de 1857, quando a Vila das Formigas
          foi elevada à condição de cidade de Montes Claros. A partir de então,
          a banda sempre esteve presente em todos os acontecimentos sociais e
          políticos mais importantes da cidade, até esquecida por muitos anos,
          apenas em 2013, por meio da aquisição de novos instrumentos musi-
          cais teve resgatada sua história pela iniciativa pública.
               A rua Coronel Celestino, homenageia o comerciante bem suce-
          dido e político tolerante, que ocupou vários cargos como vereador, vi-
          ce-presidente da Câmara e deputado estadual. Foi também professor,
          promotor de justiça, inspetor de ensino e juiz de paz. Recentemente a
          esta sofreu várias adequações passando a ser conhecida como “Corre-
          dor Cultural Padre Dudu”, onde podem-se observar edificações con-
          sideradas testemunho da história do desenvolvimento da cidade de
          Montes Claros por apresentarem interesse arquitetônico relevante e
          será detalhada em momento oportuno.

               Por sua vez, o cônego Hermano José Ferreira, chamado de Pa-
          dre Dudu, assumiu a Paróquia de Nossa Senhora da Conceição e São
          José em 1950. Conhecido por sua devoção no cumprimento do dever
          sacerdotal, pregava aos paroquianos, os princípios fundamentais em
          que se apoia a Igreja Católica e realizava trabalhos na Fundação do
          Apostolado da Oração, da Pia União das Filhas de Maria, da Legião
          de Maria, da Arquiconfraria das Mães Cristãs, grupos de oração, cate-
          quese Infantil, entre outros, sempre defendendo e mantendo o Largo
          da Matriz em boas condições de conservação.

               Desde a construção da sede da Fazenda e, posteriormente, da
          igreja, a cidade se desenvolveu entorno do Largo da Matriz, em duas
          ruas paralelas situadas nos dois lados da praça, a Rua de baixo e a Rua
          de cima. Atualmente denominada rua Justino Câmara, a antiga rua

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