Page 64 - Instituto Histórico Vol.VIII
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Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros  Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros
          de Minas, o Vale do Jequitinhonha e o Sudoeste da Bahia, como
          entreposto comercial atacadista, com rede de ensino médio que
          incluía seminários religiosos, escolas de normalistas, curso téc-
          nico de contabilidade e cursos científicos, além de recursos da
          área de saúde, como hospitais, clínicas médicas e profissionais
          especializados no conhecimento das endemias regionais;

               - através de ferrovias, a cidade se ligava diretamente a Belo
          Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro, pela Estrada de Ferro Cen-
          tral do Brasil e, indiretamente, a Salvador e o Nordeste, pela Leste
          Brasileira, que partia de Monte Azul, onde terminavam os trilhos
          da Central. Diariamente corriam duas composições, em horários
          diferentes,  nos  dois  sentidos:  uma  de  passageiros  e  outra  mis-
          ta, de cargas e passageiros. É preciso lembrar que as viagens só
          eram um pouco menos desconfortáveis do que nos caminhões
          “pau-de-arara” que predominavam na região, pois os resíduos das
          “marias-fumaças” e a poeira que se levantava da base dos trilhos
          por pouco não sufocavam os passageiros que se amontoavam em
          vagões de 1ª e 2ª classes;
                 - existiam estradas de rodagem de ligações regionais, em-
          bora não se tivesse notícia de asfalto a menos de trezentos quilô-
          metros de distância. Por essas estradas precárias, quando muito,
          trafegavam algumas “jardineiras”, como meio de transporte co-
          letivo rumo a Salinas, Espinosa, Januária e Pirapora. Para Belo
          Horizonte, passava-se por Jequitaí, Várzea da Palma e Lassance,
          até chegar em Corinto, pois ainda não existia a estrada hoje de-
          nominada BR l35;




                 CRIAÇÃO DO 10º BATALHÃO DE INFANTARIA

               O Décimo Batalhão de Infantaria da Polícia Militar de Minas
          Gerais - 10º BI – foi criado pela Lei nº 1.402, de 29 de dezem-
          bro de 1955, sancionada pelo Dr. Clóvis Salgado Gama, Gover-
          nador em exercício, substituindo o Dr. Juscelino Kubitschek de
          Oliveira, que se licenciara do Governo do Estado, para concorrer


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