Page 41 - REVISTA24
P. 41
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros
familiar, como esclarece Clara. Maria Clara beleza, leveza, intelectu-
alidade. A leitura e a escrita já faziam parte do cotidiano da jovem e
Eliane Maria Fernandes Ribeiro assim, delineia-se o caminho de Clara rumou aos estudos das línguas.
Cadeira N. 46 Maria Clara... Clara adolescente e mulher. O sucesso leva-a às
Patrono: Herbert de Souza letras neolatinas pela Universidade Federal de Minas Gerais. Depois
de formada, deixa a terra amada e vem para Bocaiuva sertanear o
norte-mineiro, o vale do Jequitinhonha e o cerrado. Torna-se profes-
sora competente na escola Gastão Valle e à luz do ensinar-aprender,
espalha conhecimentos, instrução e carinho. Leitura, escrita, síntese,
léxico e sintaxe. Anos de dedicação na Escola Estadual e no Seminário
Maior, em Montes Claros.
MARIA CLARA
Maria Clara... Esposa e mãe. Aqui, encontra-se João. João de
Jesus Vieira. Maria & João. João & Maria À luz dos nomes, corações e
emoções resultam-se em namoro. O enamorar solidifica-se e se trans-
forma em amor. Sacramento: matrimônio. Consolidação de relações
omo lembrança, eu não vou me ater em datas e cronologias, com Maria Clara Lage Vieira. Nascem em berço afetivo as três lindas
pois nem sempre retratam a pessoa com merecida precisão Marias: Maria Inês, Cláudia Maria e Maria Letícia. Claudinha: en-
Cou corroboram a solidez histórica, religiosa ou intelectual da contro com a luz do Senhor no Céu.
homenageada. Muito menos, tenho a presunção de descrever aconte- Maria Clara... Clara avó. A vida segue. Faz, refaz e luzes se espa-
cimentos que outros julguem essenciais na vida de Maria Clara, por- lham, milagres, bênçãos: três netos e assim o amor se desdobra e mul-
que em sua trajetória há muitos outros fatos memoráveis. Falo aqui tiplica-se. Lucas e Maria Clara de Maria Letícia e Welligton Geraldo.
de Maria Clara sob minha simples perspectiva. O texto, nem de longe Francisco de Maria Inês e Eder Costa. Clara acompanha, ama Maria
justifica e engrandece a vida da protagonista, que merece ser registra- Clara, Lucas e Francisco. Vive, revive, ensina, aprende, e recomeça.
da com biografia. Maria Clara, Clara de João, Clara ou simplesmente Amor incondicional, porém, também, aprende o que é saudade.
“Maria, é um dom”, como diz Milton Nascimento.
Maria Clara... Clara escritora, artista. Imortaliza “Wan-Dick,
Pintor da Simpatia”, Eterniza o eterno prefeito e remonta à família,
MARIA CLARA política, conquistas. À tona o lugar. Jequitaí, Conceição do Barreiro
e Francisco Dumont. O livro retrata o homem simples, amado, que
Maria Clara... Clara criança. Estrela de luz nasce em Belo Ho-
rizonte na década de 1940. Cidade com banda de música no coreto foi prefeito por três vezes. Junto à pesquisa apurada, Clara é emoção e
discernimento, destaca o trabalho moral e espiritual de Wan-Dick e a
da Praça da Liberdade. Direito ao “footing” e de famílias interioranas
que se mudaram para a capital. Sant’Ana dos Ferros. De lá, a origem grande facilidade do homem bom em servir e perdoar.
- 40 - - 41 -