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Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros
primeira festa era da padroeira N. Senhora da Conceição, realizada
na Igreja Matriz. Em seguida, a festa de N. Senhora e S. Benedi-
to,acontecia na igrejinha do Rosário. A do Divino era novamente
realizada na Matriz e, até pouco tempo, por volta do ano 2000, era
mantida neste local. Hoje, as festas não são mais precedidas de
novena, barraquinhas e leilões e têm seu ponto alto no desfile dos
cortejos de Reinados e Império com sua corte de princesas, damas
e pajens em desfile diurno, acompanhados dos ternos de catopés,
Marujos e Caboclinhos com seus cantos, instrumentos e danças. Na
noite anterior há também um cortejo, que acompanha a bandeira
e os mordomos até à igreja para finca do mastro, com foguetório
e vivas.
Catopês-Sua origem remonta ao Sec. XVlll, das festas de Chi-
co Rei em Vila Rica, organizadas pelas irmandades, com seus Con-
gados e danças de origem africanos.
Marujos- De origem portuguesa, fazem referências às aventuras
náuticas da epopeia da Nau Catarineta. Ritmos de fandango, com
pandeiros e rebeca.
Caboclinhos- Os bailados indígenas que, muitas vezes, eram
apresentados nos festejos religiosos pelos jesuítas com fins de cate-
quese, passaram a integrar as festas religiosas.
Na manhã da festa, os ternos vão até a casa do festeiro do
dia que, como os mordomos do mastro, foi escolhido por sorteio
realizado no ano anterior entre os que se candidataram. Os festei-
ros são os pais das crianças que se apresentam como reis, rainhas ,
Imperador e Imperatriz. O reinado e o império desfilam sob um pá-
lio, precedido por grande quantidade de príncipes e princesas que
representam a corte. O pálio pode vir, ou não, dentro de um quadro
de varas enfeitadas carregadas por pajens ou damas de honra. Os
trajes ostentam as cores dos santos: azul e branco para N. Senhora do
Rosário, rosa para S. Benedito e vermelho para o Divino E. Santo.
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