Page 25 - Instituto Histórico Vol.VIII
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Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros
mingos Lopes. Esperamos que essa lembrança mais abrangente
exprima uma parte do perfil do nosso avô. Ressaltamos que as
opiniões aqui expressas são dos amigos, dos fatos vividos, que
reconhecem o legado desse benemérito, cuja memória nunca se
apaga. Foi um exemplo de cidadania e benemerência de Montes
Claros.
A memória pode ser ambígua, pois é um jogo de revela-
ções, ou, por outro lado, de ocultações. Expor é, portanto, reparar
o que foi negligenciado, ou mesmo ignorado por alguns.
O nosso objetivo não é biografá-lo, mas trazer à luz alguns
fatos para contribuir um pouco com a história de Montes Claros,
de seus grandes homens e de seus atos que deixaram marcas
para a posteridade.
O tempo amarelece as lembranças e deposita involuntaria-
mente poeira no passado, por isso sempre é preciso um sopro
para trazer à tona memórias de pessoas que, pela própria vocação
e espírito altruísta, beneficiaram de alguma forma a sociedade
em que viveram. Assim é a figura do Coronel Domingos Lopes
da Silva, grande benemérito de Montes Claros e região. Coronel,
não pela força do mandonismo e pelo poder, mas porque foi se-
nhor de carisma, de retidão em seu caráter e laborioso no trato da
pecuária e da lavoura, porque, de acréscimo, angariou respeito e
notoriedade pelos seus feitos políticos em prol da região e, con-
sequentemente, do montesclarense. Nessa arqueologia, ao revol-
ver as camadas apostas pelo tempo, vislumbramos, no presente,
feitos dessa grande figura. Foi tropeiro em sua adolescência, jun-
tamente com o seu fiel irmão Valeriano Lopes, aprendeu o oficio
de seleiro, sendo proprietário de uma das primeiras padarias, que
se localizava na rua Justino Câmara. Como fazendeiro, teve as
fazendas “Graciosa” no distrito Santa Rosa de Lima; uma às mar-
gens do rio Verde e, por último, as “Camarinhas” entre Miralta e
Nova Esperança.
Já dizem que é na caminhada que o homem faz a sua his-
tória e modifica a história de vida de um povo. Assim “Dumingo
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