“Pensai
nas coisas que são de cima, e não nas
que são da Terra”.
O Cristianismo primitivo não desconhecia a
necessidade da mente sã e iluminada de aspirações
superiores, na vida daqueles que abraçam no
Evangelho a renovação substancial.
O trabalho de notáveis pensadores de hoje
encontra raízes mais longes.
Sabem agora, os que lidam com os fenômenos
mediúnicos, que a morte da carne não
impõe as delicias celestiais.
O homem encontra consigo mesmo, além do túmulo,
com as virtudes e os defeitos, ideais e vícios
a que se consagrava no corpo.
O criminoso imanta-se ao círculo dos próprios
delitos, quando se não algema aos parceiros
na falta cometida.
O avarento está preso aos bens supérfluos
que
abusivamente amontoou.
O vaidoso permanece ligado aos títulos transitórios.
O alcoólatra ronda as possibilidades de satisfazer
a sede que lhe domina os centros de força.
Quem se apaixona pelas organizações caprichosas
do “eu”, gasta longos dias para desfazer
as teias
de ilusão em que se lhe segrega a personalidade.
O programa antecede ao serviço.
O projeto traça a realização. O
pensamento
é energia irradiante. Espraiemo-lo na Terra
e prender-nos-emos, naturalmente, ao chão.
Elevemo-lo para o alto e conquistaremos
a espiritualidade sublime.
Nosso espírito residirá onde projetarmos
nossos pensamentos, alicerces vivos do bem e do mal.
Por isto mesmo, dizia Paulo,
sabiamente:-“pensai nas coisas que são
de cima”.
Emmanuel