Em
matéria de beneficência, todos estamos
na obrigação de doar algo de nós
à vida que nos cerca.
E
isso não sucede tão somente a nós,
as criaturas que atingimos a razão, mas igualmente
a todos os seres.
Minerais
fornecem agentes químicos.
Vegetais
distribuem utilidades múltiplas.
No
reino animal, milhões de vidas trabalham e se
sacrificam a benefício do homem: camelos que
os transportam, ovelhas que o vestem, cães que
o auxiliam e bovinos que o alimentam.
Todos
nos achamos convocados a entregar a nossa cooperação
pelo bem geral.
Acontece,
no entanto, que na criatura humana, o discernimento
conquistado cria o problema da livre aceitação
do dever de servir.
Todos
nos reconhecemos indicados para oferecer o melhor de
nós para que apareça o melhor dos outros
em auxílio de todos.
Desfrutando,
porém, do atributo divino de contribuir conscientemente
na Criação Universal e não constando
a violência da Obra de Deus, o homem, muitas vezes,
quando se vê compelido pelas forças da
vida a fazer o melhor de si a benefício do progresso
comum, oferece ingredientes negativos à engrenagem
do destino, que ele próprio se incumbe de suprimir
depois do erro cometido, despendendo tempo e força
para reajustar o que ele mesmo desequilibrou.
Consideremos
a nossa parcela de trabalho na economia da existência.
Importa
observar, entretanto, que qualidade de colaboração
doamos de nós e o modo pelo qual entregamos a
quota de serviço ao mundo, junto às pessoas
e ocorrências que nos cercam, porque embora sejamos
livres no espírito e responsáveis na ação,
todos, na essência, somos canais vivos de Deus.
Emmanuel