Da segurança íntima

 

Se te fazes modesto sem a preocupação
de exibir humildade...
Se executas as próprias obrigações sem
invadir a seara alheia...
Se auxilias sem pedir retribuições...
Se retificas teu erro sem culpar os outros

de participação na falta que te é própria...
Se colaboras no levantamento do bem sem
exigir o concurso alheio...
Se te desencumbes das responsabilidades
pessoais sem reprovar a conduta do próximo...
Se sofres com paciência, sem reclamar que
os semelhantes te partilhem os obstáculos...
Se toleras serenamente aqueles que te
combatem, sem desconhecer-lhes as
qualidades nobres...
Se carregas a cruz do aprimoramento
próprio sem querer amarra-las aos
ombros dos companheiros...
Se cumpres com o teu dever e não aspiras
a outro prêmio que não seja a consciência
tranqüila... Quem te poderá fazer mal,
se procuras somente o bem? Pensa nisso,
atendendo a isso, e verificarás que a
segurança íntima reside em ti mesmo,
qual acontece à paz da alma, que vem
a ser patrimônio de cada um.

Emmanuel