Para
o esquimó, o céu é um continente
de
gelo, sustentado a focas.
Para
o selvagem da floresta, não há outro
paraíso, além da caça abundante.
Para
o homem de religião sectária, a glória
de além-túmulo pertence exclusivamente
a ele
e aos que se lhe afeiçoam.
Para
o sábio, este mundo e os círculos
celestiais que o rodeiam são pequeninos
departamentos do Universo.
Transfere
a observação para o teu campo de
experiência diária e não olvides
que as
situações externas serão retardadas
em teu
plano interior, sente segundo o material de
reflexão que acolhes na consciência.
Se
perseverares na cólera, todas as forças
em torno te parecerão iradas.
Se
preferes a tristeza, anotarás o desalento,
em cada trecho do caminho.
Se
duvidas de ti próprio, ninguém confia
em
teu esforço.
Se
te habituaste às perturbações e
aos atritos
dificilmente saberás viver em paz contigo mesmo.
Respirarás
na zona superior ou inferior,
torturada ou tranqüila, em que colocas a própria
mente. E, dentro da organização na qual
te
comprazes, viverás com os gênios que invocas.
Se te deténs no repouso, poderás adquiri-lo
em
todos os tons e matizes, e, se te fixares no
trabalho, encontrarás mil recursos diferentes
de servir.
Em
torno de teus passos, a paisagem que te
abriga será sempre em tua apreciação
aquilo que
pensas dela, porque com a mesma medida que
aplicares à Natureza, obra viva de Deus, a
Natureza igualmente te medirá.
(Pão
Nosso - Emmanuel -
Francisco Cândido Xavier)