Reparte
o teu pão com o faminto e alivia a sede
nos lábios ressequidos do teu irmão, mas
não
esqueças balsamizar-lhes as chagas interiores,
com
o remédio do entendimento e do carinho, restaurando-
lhe a força exaurida ou a esperança quase
morta.
Jesus
deseja ver com os nossos olhos, escutar com
os nosso ouvidos e socorrer por nossas mãos...
Não
estendas os braços somente nos dias de grande
necessidade do teu próximo, porque a dádiva
tardia
significa recusa.
Sustenta
a alegria edificante, alimenta o bom
ânimo, ampara a boa vontade dos outros e dilata
o
estímulo nos corações que te cercam,
de vez que
muita gente existe recordando o semelhante apenas
quando a miséria já reduziu a alma e a
carne a
farrapos de sombra e pó.
Ante
a maledicência, sê o verbo de Jesus,
auxiliando o ausente cujo nome é golpeado sem
compaixão.
Diante
da palavra em desvario, aplica os ouvidos
do Amigo Celestial e sê complacente com os escravos
da ignorância e do infortúnio.
À
frente da aflição e do mal, usa os olhos
do
Cristo, enchendo-te de compreensão e amor para
ajudar sempre.
E,
sobretudo, perante o trabalho digno, qualquer
que ele seja, retém o júbilo de buscar
as mãos do
Mestre nas tuas e coopera na execução
das boas obras,
sem o intuito de recompensa e sem a vaidade de
pareceres superior.
Não
repouses no serviço espontâneo do bem e
surpreenderás na tua fadiga um cântico
de gloriosa
e indefinível luz, porque o Senhor terá
realmente
encontrado em ti o sublime instrumento para a
extensão do seu Reino na Terra.
(Escrínio
de Luz - Emmanuel - Francisco Cândido
Xavier, pelo Espírito X)