Recorda que a humildade é o perfume eterno da
vida.
Jesus,
o Sol Divino, brilhou na Terra sem ofuscar
a ninguém.
Rei
Celeste, apagou-se nas palhas da estrebaria
para não confundir os homens desvairados de orgulho,
embora viesse acordá-los para a justiça.
Anjo
dos anjos, desce ao convívio das criaturas
frágeis e delinqüentes, sem destacar-lhes
as chagas
vivas, não obstante guardar entre lãs
o objetivo de
iluminar-lhes o roteiro.
Médico
Infalível, busca os doentes do mundo sem
denunciar-lhes as enfermidades e as culpas, embora
conservando o propósito de restituir-lhes o
equilíbrio e a segurança.
Sábio
dos sábios, entende-se com os ignorantes de
todas as procedências, sem salientar-lhes a sombra,
não obstante procurar-lhes a companhia para clarear-
lhes a senda.
Poderoso
condutor da imortalidade, aproxima-se dos
velhos e dos fracos, das mulheres e das crianças,
sem
anotar-lhes as mazelas e as cicatrizes, embora lhes
buscasse a presença para sublimar-lhes os corações.
Mestre
da luz, não condena os que vagueiam nas trevas,
soberano da eternidade, não abandonas os que
se
desesperam nos precipícios da morte...
Lembrando-lhe
a bondade infinita, detenhamo-nos no
ensejo de auxiliar.
Todavia,
para auxiliar, é imprescindível não
criticar nem ferir.
Na
obra do Evangelho, somos chamados à maneira de
lavradores para o serviço de amparo à
semente da
perfeição no campo imenso da vida.
No
entanto, para que o dever bem cumprido nos
consolide as tarefas é necessário que
a humildade,
por perfume do Céu, nos inspire todos os passos
na
Terra, de vez que Jesus é o amor de braços
abertos,
convidando-nos a entender e servir, perdoar e
ajudar, hoje e sempre.
(Através do Tempo - Emmanuel -
Francisco Cândido Xavier)