Paciência e serviço

 

Paciência não é inatividade.
Será um estado de compreensão, já que não dispomos de palavras para defini-la. Compreensão com espírito de serviço, capaz de aceitar as dificuldades da existência, com o dever de cooperar para que desapareçam.
A vida nos propõe variados desafios, com a finalidade de descobrir as nossas qualidades potenciais e desenvolvê-las para que venhamos a realizar o melhor, em benefício dos outros. Isso ocorre porque auxiliar
aos que nos compartilhem da estrada é sempre angariar apoio a nós mesmos.
“Tenhamos paciência”: duas palavras que não nos indicam a indiferença, e sim, nos procuram o ânimo para colaborar sem alarde na extinção dos tropeços com que sejamos defrontados.
Se te encontras à frente de provações inevitáveis, aceita-as por amor a ti mesmo, a fim de que não se ampliem em detrimento de tua própria paz.
Quanto se te faça possível, não te revoltes, nem te encolerizes, ante os entraves do caminho.
O parente difícil, a doença em família ou no próprio corpo, o prejuízo inesperado, a pessoa querida que se afasta de nós, a incompreensão alheia ou o trabalho dobrado, são testes para a superação dos limites espirituais em que estejamos vivendo.
Segue na estrada que a vida te traçou, sem marginalizar-te em desânimo ou rebeldia.
A paciência não é almofada para que nos entreguemos ao sono da inércia, e sim, uma escora segura para que aprendamos a caminhar.

Emmanuel