Em toda parte vemos a aflição;
Que se arroja ao crime;
Que se confia à revolta;
Que se rende ao desânimo;
Que se transubstancia em pedradas
na face dos semelhantes;
Que alardeia intimidade com Jesus
ofendendo aos homens, nossos irmãos;
Que, a pretexto de exercer a justiça,
mobiliza tribunais e prisões;
Que clama sem piedade
contra a miséria dos outros;
Que chora sem proveito;
Que se demora na maledicência, dando
pasto infeliz aos germes do mal;
Que se mantém nas trevas
açoitando os que buscam a luz;
Que se irrita; que maltrata;
que vergasta e maldiz...
Entretanto, os bem-aventurados do Evangelho
são os aflitos que não provocam novas
aflições.
São aqueles que entendem a dor e nela
acatam os Divinos Desígnios.
Recebamos, pois, no espinho que nos lacera ou
no flagelo que nos castiga, a santa lição
do Céu
que a Providência nos envia e teremos chegado
à
Celeste Compreensão, para guardar, em espírito
e verdade, o tesouro do
Amor Sublime que o Mestre nos legou.
Emmanuel