Há
numerosos companheiros da pregação salvacionista
que, de bom grado, se elevam a tribunas douradas, discorrendo
preciosamente sobre os méritos da bondade e da
fé, mas, se convidados a contribuir
nas boas obras, sentem-se feridos na bolsa e recuam
apressados, sob disparatadas alegações.
Impedimentos mil lhes proíbem o exercício
da caridade e afastam-se para diferentes setores, onde
a boa doutrina lhes não constitua incômodo
à vida calma.
Efetivamente, no entanto, na prática legítima
do Evangelho não nos cabe apenas gastar o que
temos, mas também dar do que somos.
Não basta derramar o cofre e solucionar questões
ligadas à experiência do corpo.
É imprescindível darmo-nos, através
do suor da colaboração e do esforço
espontâneo na solidariedade, para atender, substancialmente,
as nossas obrigações primárias,
à frente do Cristo.
Quem, de algum modo, não se empenha a benefício
dos companheiros, apenas conhece as lições
do Alto nos círculos da palavra.
Muita gente espera o amor alheio, a fim de amar, quando
tal atitude somente significa dilação
nos empreendimentos santificadores que nos competem.
Quem ajuda e sofre por devoção à
Boa Nova, recolhe suprimentos celestes de força
para agir no progresso geral. Lembremo-nos de que Jesus
não só cedeu, em favor de todos, quando
poderia reter em seu
próprio benefício, mas igualmente fez
a doação de si mesmo pela elevação
comum.
Pregadores que não gastam e nem se gastam pelo
engrandecimento das idéias redentoras dói
Cristianismo são orquídeas do Evangelho
sobre o apoio problemático das possibilidades
alheias; mas aquele que ensina e exemplifica, aprendendo
a sacrificar-se pelo erguimento de todos, é a
árvore robusta do Eterno Bem, manifestando o
Senhor no solo rico da verdadeira fraternidade.
Emmanuel