Quando
morre uma criança,
Diz-se que o pálido anjinho
Voou como uma esperança.
Foi para o céu direitinho.
Mas
nossa mente se cansa
A voar de ninho em ninho,
Interrogando a lembrança,
Quando morre um passarinho.
Só
eu, se alguém diz que a vida
De uma avesinha querida
Se extingue como um clarão.
Ponho-me
a rir, pois, divina!
Ouço cantar, em surdina,
Tu'alma em meu coração.
Auta
de Souza