Ela
passou por mim toda de preto,
Pela mão conduzindo uma criança...
E eu cuidei ver ali uma esperança
E uma Saudade em pálido dueto.
Pois,
quando a perda de um sagrado afeto
De lastimar esta mulher não cansa,
N'uma alegria descuidosa e mansa,
Passa a criança, o beija-flor inquieto.
Também
na Vida o gozo e a desventura
Caminham sempre unidos, de mãos dadas,
E o berço, às vezes, leva à sepultura...
No
coração, - um horto de martírios!
-
Brotam sem fim as ilusões douradas,
Como nas campas desabrocham lírios.
Auta
de Souza