Busquemos,
sim, meus amigos, ouvir a palavra daqueles que nos antecederam
na ascensão à Vida Superior, mas, antes
disso, comuniquemo-nos com os "mortos da Terra",
adensando a assembléia de ouvintes, à
frentes da mensagem da vida imortal.
Acordemos,
com o nosso exemplo e com a nossa fé, os que
adormeceram na jornada e guardam o coração
rígido ou indiferente.
Levantemos
aqueles que transformaram a existência em cemitério
de impossibilidade, ante o sofrimento do próximo,
os que enregelaram os melhores sentimentos no egoísmo
esterilizante; os que converteram os bens do mundo em
adornos frios e inúteis, os que transformaram
o jardim em que respiram num túmulo florido e
os que fizeram da oportunidade de viver auxiliando aos
semelhantes um cadafalso de ouro a que se acolhem, receando
o alheio infortúnio, porque há mais morte
no caminho humano que no próprio sepulcro, para
onde vos dirigis, procurando a revelação
da verdade.
Estendamos
braços vivos e corações ardentes
aos nossos irmãos anestesiados no leito da improdutividade
suntuosa ou no altar efêmero de fantasiosa prerrogativas.
A
Terra espera por nós.
Trabalhemos,
acordando os nossos irmãos do cotidiano, na renovação
substancial de tudo e de todos para o Infinito Bem,
porque a própria natureza é luz triunfante
e todos somos herdeiros da Vida Universal.
(Apostilas
da Vida - Andre Luiz - Francisco Candido Xavier)