Em
ti, no silêncio da prece mental, sem que tenhas
necessidade de ver ou perceber, em sentido direto, o
coração bate sem cessar na cadência
admirável da vida.
Movimenta-se o sangue, por mil canalículos
diversos.
Intestinos
trabalham independentes de tua vontade sustentando-te
a nutrição.(...) Miríades e miríades
de unidades de vida microscópica palpitam na
concha da boca.
Em
torno de ti, no silêncio de tua prece, os átomos
se agitam em vórtices intermináveis na
estrutura material da roupa que te veste e dos sapatos
que te calçam.
A
eletricidade vibra esfuziante por quilômetros
e quilômetros de fios, transformando-se, não
longe de ti, em força, luz e calor.(...)
O
planeta faz giros velozes carregando-te, em paz e segurança,
sem que tomes qualquer conhecimento.
Igualmente,
no silêncio de tua prece, acionas vasto mecanismo
de auxílio e socorro na atmosfera que te rodeia,
comparável a imenso laboratório invisível.
O
teu influxo emocional dirige-se além de teus
sentidos para onde te sintonizes, através de
insondáveis elementos dinâmicos.
Não
descreias da oração por não lhe
marcares fisicamente os resultados imediatos.
O
firmamento não é impassível porque
te pareça mudo. No silêncio de tua prece
mental, podes expressar até mesmo com mais veemência
do que um discurso de mil palavras, o hino vibrante
do amor puro, a ecoar pelo Infinito, assimilando no
âmago do ser a Divina Luz, que te
sublimará todos os anseios e esperanças,
na renovação do destino.
(Opinião espírita - Andre
Luiz - Waldo Vieira)