Não
subestime as chamadas "pequenas doações".
O
prato frugal que você oferece ao necessitado será
provavelmente o recurso de que precisa a fim de liberar-se
dos últimos riscos da inanição.
A
peça de vestuário que você entregou
ao companheiro em penúria terá representado
o apoio providencial com que se livrou de moléstia
grave.
A
reduzida poção de remédio que conseguiu
você doar em favor de um doente foi talvez o socorro
que o auxiliou a desviar-se do derradeiro corredor em
que resvalaria para a morte.
A
visita rápida que você levou. ao enfermo
pode ter sido o estímulo inesperado que o arrancou
do desânimo para os primeiros passos, em demanda
ao levantamento das próprias forças.
O
bilhete ligeiro que você endereçou ao irmão
em dificuldade ofertando-lhe reconforto, possivelmente
se transformou na âncora em que haverá
retomado o acesso à esperança.
O
minuto de tolerância com que você suportou
a exigência de uma pessoa, em difícil conversação,
haverá sido aquele que a ajudou a descompromissar-se
com um encontro desagradável ou com determinado
acidente.
Algumas
poucas frases num diálogo construtivo serão
o veículo pelo qual o seu interlocutor evitará
render-se a idéias de suicídio ou delinqüência.
Os
seus instantes de silêncio caridoso, à
frente desse ou daquele agressor, significarão
o amparo de que não prescinde, a fim de aceitar
a necessidade da própria renovação.
Não
menospreze o valor das minidoações.
O
seu concurso supostamente insignificante pode ser o
ingrediente complementar que esteja faltando em valiosa
peça de salvação.
(Respostas
da Vida - Andre Luiz - Francisco Candido Xavier)