Senhor
e Mestre, vigia meus pensamentos!
Acomodado na certeza de que meus pensamentos são
invioláveis aos meus semelhantes, muitas vezes
ponho-me a pensar o que não devo, não
poupando definições e julgamentos que
se revelados, me propiciariam duras recriminições,
senão momentos até piores!...
Movimento-me
pela vida observando e analisando pessoas e circunstâncias,
e nem sempre é possível furtar-me de pensamentos
cujo teor não é nem fraterno e nem misericordioso,
levando-me a me recriminar intimimamente após
emití-los.
Bem sei que para conduzir à falta basta o pensamento,
porém não me sinto perfeito o bastante
para evitar que eu julgue conforme meu estado de humor,
levando a diminuir e até a ridicularizar o meu
próximo em minha imaginação e em
meus comentários, vez ou outra...
Me
guarda, Senhor, de perseverar em semelhante estado de
alma, visto que só cabe a Deus o julgamento de
coisas e pessoas, não me sendo permitido emitir
conclusões senão aquelas que possam beneficiar
e restabelecer, reconstruir e reerguer...
Sempre
que eu me sentir inclinado a julgar mentalmente meus
irmãos, diminuindo-os perante meu imenso orgulho,
recorda-me de que, se eu já consigo visualizar
com tamanha perfeição os erros e os fracassos
alheios, este é o momento certo para que eu visualize
e corrija os meus próprios erros e fracassos,
com perfeição semelhante!
Assim
seja!
(André
Luiz - Recebida por e-mail, sem menção
do nome do livro e do médium)