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BIOGRAFIAS |
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Carlos
Juliano Torres Pastorino
José
Basílio
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Nascido
em 4 de novembro de 1910 e desencarnado em Brasília
- DF em 13 de junho de 1980.
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Era
mais conhecido por Prof. Pastorino e era filho de José
Pastorino e Eugênia Torres Pastorino. Desde criança
demonstrou inusitada inteligência e vocação
para a vida eclesiástica com apenas 14 anos de
idade, em 1924, recebeu os diplomas de Geografia, Corografia
e Cosmografia, do Colégio D. Pedro II e, logo em
seguida, ainda no mesmo ano, o diploma de Bacharel em
Português, no mesmo colégio. Viajou para
Roma a fim de cursar o Seminário, onde, em 1929,
foi diplomado pelo Cardeal Basilio Pompili, para a Ordem
Menor de Tonsura. Formou-se em Filosofia e Teologia em
1932, sendo ordenado sacerdote em 1934.
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Abandonou
a vida eclesiástica da Igreja Católica Romana,
quando, em 1937, aguardava promoção para
diácono. Surpreendeu-se com a recusa do Papa Pio
XII, em receber o Mahatma Gandhi em seu tradicional traje
branco. O Colégio Cardinalício exigia que
o grande líder da India vestisse casaca, para não
quebrar a tradição das entrevistas dos chefes
de Estado. O Prof. Pastorino, diante dessa recusa, imaginou
que se Jesus visitasse o Vaticano, não se entrevistaria
com o Papa, pois vestia-se de forma similar a Gandhi,
e jamais se sujeitaria ao rigor exigido pela Igreja.
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Regressou
de imediato ao Brasil e desenvolveu intensa atividade
pedagógica. Ingressou no Instituto Italo-Brasileiro
de Alta Cultura, como professor de Latim e Grego, cargo
que exerceu de 1937 a 1941. Em 1938, recebeu o registro
de Professor de Psicologia, Lógica e História
da Filosofia do Ensino Secundário. Foi também
professor de Espanhol.
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Em
paralelo com o magistério, exercia atividades jornalísticas,
como correspondente dos Diários Associados . Foi
Adido Cultural e Jornalístico da Academia Brasileira
de Belas Artes. Sócio de inúmeras Sociedades
Esperantistas, no Brasil e no exterior. Delegado especializado
(Faka Delegito) da Universidade Esperanto Asocio, com
sede na Holanda foi fundador da Sociedade Brasileira de
Esperanto, no Rio de Janeiro. Sua bibliografia é
extensa, com mais de 50 livros publicados e outros tantos
inéditos.
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Escritor,
jornalista, teatrólogo, radialista, historiador,
filólogo, filósofo, professor, poliglota,
poeta e compositor. Falava fluentemente vários
idiomas, legando-nos inúmeros livros didáticos.
Traduziu obras de vários autores ingleses, franceses,
espanhóis, italianos, clássicos latinos
e gregos.
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No
dia 31 de maio de 1950, terminava a leitura de O Livro
dos Espíritos , de Allan Kardec, que recebera por
empréstimo de um seu colega do Colégio D.
Pedro II. Nesse dia declarou-se espírita, data
que guardava com muito carinho. Passou a freqüentar
o Centro Espírita Júlio César, no
Grajaú, o qual foi sua escola inicial de Espiritismo.
No dia 8 de janeiro de 1951, com um grupo de abnegados
companheiros, fundava o Grupo Espírita Boa Vontade,
posteriormente mudado para Grupo de Estudos Spiritus,
para não haver confusão com a Legião
da Boa Vontade.
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No
Grupo de Estudos Spiritus, nasceu o Lar Fabiano de Cristo,
o boletim SEI (Serviço Espírita de Informação).
Fundou a Livraria e Editora Sabedoria e a revista com
o mesmo nome, prestando relevantes serviços à
Doutrina, no terreno cultural.
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O
professor Carlos Torres Pastorino realizou muitas palestras
no Rio de Janeiro e em vários outros Estados. Participou
ativamente de Congressos, Semanas Espíritas, Simpósios,
Cursos e tantos outros eventos. Fez-se sócio de
inúmeras instituições espíritas
e colaborou com a imprensa espírita nacional e
do exterior. De sua vasta bibliografia espírita,
destaca-se Minutos de Sabedoria , que bate todos os recordes
de vendagem, já em várias edições
Sabedoria do Evangelho , publicado em fascículos
na revista Sabedoria e Técnicas da Mediunidade
, excelente livro sobre o assunto.
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O
grande sonho do Prof. Pastorino era criar uma Universidade
Livre, para ensinar Sabedoria. Em 1973 recebeu, por doação,
do Dr. Miguel Luz, famoso médico paulista, já
desencarnado, magnífico terreno numa área
suburbana de Brasília, denominada Park Way , onde
iniciou as obras da Universidade. Já com algumas
dependências construídas, passou a residir
no local, para administrá-la. Chegou a realizar
vários cursos, estando a sua Biblioteca em pleno
funcionamento, com o respeitável número
de 8000 volumes, adquiridos ao longo de sua existência,
toda voltada para a cultura geral e o bem-estar da Humanidade.
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Foi
casado com Da. Silvana de Santa M. Pastorino, deixando
três filhos maiores e sete netos. Deixou também
um casal de filhos menores do segundo casamento.
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Baseado
no livro: Personagens do Espiritismo de Antônio
de Souza Lucena e Paulo Alves Godoy - Ed. FEESP - 1ª
ed. - 1982 - SP - Brasil
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