Chuva-luz
para a mulher-sereia
Wanderlino
Arruda
Por que olhar para cima?
Por que semimergulho no mar?
Braços querem abraços,
mãos dançam música sincera
em apertos do coração.
A luz redesenha chuvas e marcas de seios,
louros cabelos, pele de pêssego:
mulher-sereia,
mulher inteira, mulher sim,
mais do que mulher...
E porque sensível e linda,
enigmas suspiram no vento sul
nos mais róseos acalantos.