Rivkah
Encontro
milenar
A
manhã surge,
trazendo com ela a transparência,
clareando os caminhos,
iluminando as almas,
aumentando vivência.
Há
uma relação mágica
e bela
entre o sol e a terra.
Ele a beija suavemente,
como quem dá bom dia
e ela preguiçosamente desperta.
Com
seus longos braços
ele a envolve
e até as plantas não
deixam
de observar.
Esse
ritual é diário,
é um encontro milenar
que todos devem acompanhar
e se possível imitar.
Todos
os dias esses amantes se encontram.
É um encontro tão
belo
que os pássaros começam
a cantar.
A natureza toda pára
só para ver o sol a terra
beijar.
Pela
estrada da vida
No
decorrer da vida passamos por tantas
almas...
Encontramos pessoas amigas,
pessoas tranqüilas, pessoas
complicadas,
pessoas sofridas, pessoas amadas.
É
sempre um aprendizado em cada relação.
Existem pessoas que são negativas,
que se nutrem da escuridão,
mas existem outras que são
só luz,
pessoas abençoadas, felizes,
positivas.
Quando
você acha que já viu
de tudo,
lá vem mais desilusão!
Mais um aprendizado, mais uma lição.
Percebi
que depende da dor o crescimento,
nunca vi uma pessoa aprender rindo!
Quase nunca numa festa se apresenta
o ensinamento,
mas na labuta, na mágoa,
se ferindo!
Assim você vai pela estrada
da vida,
ora ensinando, ora aprendendo,
ora se decepcionando, ora se surpreendendo,
é uma estrada às vezes
árida, outras vezes bem florida.
Hoje
aprendi mais um pouquinho,
não foi uma grande ferida...
foi uma feridinha.
Mas foi mais uma dor, mais uma ausência
de carinho
e num mundo com tanta gente... me
senti sozinha...
Em
nome de D´us
Será que tudo é permitido
se for colocada indistintamente
a palavra D'us?
Quantas vezes se ouve falar: D'us
me livre!
Quem tem que se livrar somos nós.
Nós é que nos propusemos
a melhorar a evolução
de nossas almas.
Nós é que rogamos
para vir e consertar nossos erros.
Nós é que, diante
das vaidades do mundo,
agimos de forma egocêntrica,
a ponto de colocarmos
em primeiro lugar nossos interesses.
Nós é que, diante
da dor de um irmão,
preferimos dizer: "ainda bem
que vivemos
num país sem guerra!"
Juntarmo-nos? Darmos as mãos?
Como? Nem conheço esse povo!
Eles que se entendam, afinal, não
foram eles
que começaram tudo?
Não, Quem começou
tudo foi D'us!
Ele que nos deu a vida,
Ele que, por algum objetivo, nos
colocou
num mundo sem fronteiras.
Nós é que colocamos
bandeiras demarcando,
Nós é que fazemos
os famigerados guetos,
Nós é que nos separamos
por cor, por língua,
classe social, como se isso perdurasse!
Acordemos! A chuva que cai no solo
faz nascer as sementes que plantamos.
O primeiro a apertar novamente o
botão da infelicidade,
vai nos mostrar mais uma vez que
todos se tornam iguais
diante do mal acionado... e da dor!