Isso
mesmo
!
Quem
não
tem
saudades
do
circo
?
Quem
não
guarda,
lá
dentro,
no
mais
profundo
da
alma,
uma
saudade-menina
da
primeira
alegria
sentida
no
circo
?
Quem
não
se
lembra
do
primeiro
velho
palhaço
de
roupas
coloridas,
frouxonas,
cheias
de
longos
babados,
espicha-encolhe,
querendo
cair
a
toda
hora
?
Quem
não
se
recorda
do
palhaço
mais
novo
fazendo
negaças,
pisca-piscando,
equilibrando
como
um
joão-bobo,
piruetando
em
volta
de
si
mesmo,
triste
e
alegre
ao
mesmo
tempo?
Quem
não
conserva
na
mente
a
visão
das
moças
bonitas,
dos
meninos
e
rapagões
bem
alimentados,
do
forte
e
grisalho
dono
do
circo,
domador
vestido
de
preto
lamê,
de
todos
a
sustentarem
com
força
o
equilíbrio
do
mundo
?
Quem
não
se
lembra
?
Cada
um
terá
um
universo
de
lembranças
de
um
novo
ou
de
um
velho
circo,
dependendo
de
onde
nasceu
e
de
onde
viveu
os
primeiros
anos
de
vida,
em
cidade
pequena
ou
cidade
grande.
Em
nossas
lembranças
haverá
sempre
um
circo.
Circo
pobrezinho
de
chão
de
poeira,
de
lona
furada
e
sem
cores,
de
leões
já
velhos
sem
dentes,
de
bicicletinhas
velhas,
ou
então
de
uma
visão
de
brilho,
de
rico
luxo,
de
madrepérolas,
com
mágicos
importantes
a
criar
mil
fantasias
de
coelhos
e
bandeiras,
com
moças
vendendo
saúde,
meninos
louros
voando
em
trapézios,
tudo
mais
parecendo
um
sonho
acordado.