Arlen
foi um Homem de Ação
Wanderlino
Arruda
Só
existem duas formas de viver a vida.
A primeira é pensando que o milagre
não existe;
a outra é pensando que tudo é
milagre.
Albert Einstein
Minhas primeiras palavras são de
agradecimentos a Paulo César Santiago,
por dois motivos: primeiro, por ter permitido
a Montes Claros ter uma praça bonita
e moderna com o nome do seu pai Arlen Santiago;
segundo, por realizar um ato de agradecida
justiça a um homem que sempre soube
ser grande no poder e no amor, o homem Arlen
de Paulo Santiago, que sempre teve a coragem
de pensar grande, sonhar alto e acertar
alvos, o homem que teve sonhos de realizar,
de arriscar, de nunca parar por nada até
que seus projetos fossem integralmente realizados.
A praça Arlen Santiago, que enfeita
Montes Claros e o coração
de três importantes bairros, o Major
Prates, o Augusta Mota e o Morada do Sol
é a marca e registro dos sonhos de
Paulo César e da sua família,
com a ousadia do arquiteto Cascão
– dr. Luiz Cláudio Duarte de
Oliveira - praça composta de símbolos
importantes, imaginação das
mais dignas para enfeitar as cores do progresso
de uma cidade que tem vocação
de pioneirismo e sedução para
as artes. Por isso, os agradecimentos de
todos nós, de quem vive o hoje e
daqueles que viverão o amanhã
montes-clarense.
Conheci, bem de perto, o meu amigo Arlen
Santiago, o “seu” Arlen, como
muitos por respeito o chamavam. Conheci-o,
no início da década de sessenta,
como companheiro de diretoria nos bons tempos
do Sindicato dos Bancários, quando
sob a batuta de Raimundo Lírio Brant,
fizemos a primeira greve de Montes Claros,
movimento que mudou rumos e destinos, abrindo
perspectivas para inúmeras lideranças.
Convivi com ele na organização
e no lançamento e na trajetória
vitoriosa do Major Prates, desafio que não
tinha tamanho para a época, pelas
dimensões e pelo desprendimento no
alargar ruas e criar avenidas e praças
até então pouco imaginadas
a não ser por sonhadores. Participei
de corpo e alma na campanha política
em que ele – arquiteto e engenheiro
de cidadania - me lançou candidato
a vereador e me elegeu para a Câmara
Municipal de Montes Claros, quando eu tinha
apenas 27 anos, passo muito importante na
minha diretiva de vida. Compartilhei, noites
e dias, com Arlen na sua importante missão
de diretor do jornal Diário de Montes
Claros como nunca vi um espírito
de equipe, por ele supervisionada, funcionar
tão bem e com tanta eficiência,
trabalho e escola ao mesmo tempo. Arlen
Santiago sabia que a palavra, falada ou
escrita, sempre fascinou a inteligência
e maravilhou a emoção, sempre
encantou, sempre comoveu, sempre convenceu
e entusiasmou. O jornalismo para Arlen,
como poema de amor e grito de desafios,
fez-se altivo, respeitável e respeitado,
canto e epopéia, discurso inflamado
e tribuna viva para as reivindicações
em busca de melhor e mais justa participação
social. Para Arlen, a verdadeira e perfeita
sociedade jamais poderia ser justa se não
contasse com a participação
de todos os segmentos do ser e do viver,
do pensar e do fazer.
Termino, como comecei, com a emoção
do agradecimento a Paulo César, cérebro
e bolso, mestre de obra e paisagista maior
desta praça, centro da família
Santiago em tudo de grandioso que ela possa
sonhar e realizar. O velho Arlen, “seu”
Arlen, Arlen de Paulo Santiago em todos
os dias da sua existência soube que
a vida foi criada por Deus para ser intensamente
vivida. Para ele, que tenho certeza está
aqui conosco nesta hora de alegria, cada
momento de entusiasmo, cada momento de amor,
cada busca do melhor e do mais bonito tem
que ser desenhado e colorido sem qualquer
indecisão, sem uma única gota
de medo. Aos invejosos, a vitória
de quem sabe fazer o certo, a consciência
de que o melhor tem que ser realizado!
Parabéns a D. Rita Santiago, que
soube domar o guerreiro que foi o seu marido
Arlen e que soube e sabe criar e dirigir
esta família maravilhosa que constitui
o clã dos Mota Santiago.
Instituto Histórico e Geográfico
de Montes Claros
Wanderlino
Arrud